quarta-feira, agosto 17, 2005

C’est la vie! Les jolis apprécient et d'autres sont pleurés.

Boas, juventude!

Hoje na praia apercebi-me de uma coisa deveras interessante. Apesar de estar bem acompanhado, alias muito bem acompanhado, tenho por hábito de visualizar que está, como está e por quem se faz acompanhar. Depois de varrer visualmente o areal e o mar a procura das sereias encantadas, só havia focas e baleias assassinas, perdi um pouco mais do meu tempo a tostar e a formar opinião sobre o traje quotidiano do bicho humano e o que ele influi no relacionamento interpessoal.
Tudo isto aconteceu devido a uma certa menina que eu conheço e que na praia me pareceu outra pessoa ao ponto de passar por ela e ser quase que insultado por não a ter conhecido.
E uma verdade que cada vez passamos mais tempo frente ao espelho para sairmos mais melhor bem de casa. Já não se limita ao sair arranjado ou sair javardo. Mas também é verdade que a culpa de passarmos mais ao espelho não é nossa exclusivamente. Até porque se fosse aposto que muita gente ate saia de casa de pijama.
Nos nossos dias, a imagem é 95% daquilo que as pessoas pensam de nós enquanto objecto agradável á vista, se possível ao tacto e á um pouco menos provável de acontecer facilmente, AINDA, a degustação. Não há volta a dar. Uma pessoa relaciona-se com outra, ou melhor, fala com outra de forma diferente mediante o aspecto que tem.
É uma coisa que qualquer pessoa nega, seja homem ou mulher, pois parece mal dize-lo. Especialmente quando a pessoa não e tão agradável visualmente. Num tempo em que os relacionamentos são cada vez mais parecidos com o conceito de fast food quem não é visualmente apelativo lixa-se tem dificuldades em comer ou então ser comido porque não! Sai sempre bem, para quem a diz, aquela frase “ tu és muito boa pessoa e tal. Ajudaste-me na minha vida e não sei o que mais mas e só como amigos!”.
Eu não sei, se será abusar da inteligência das pessoas mas… o pessoal quer uma pessoa para a nossa vida que nos apoie, ajude e nos faça crescer ou quer um(a) besta que nos consome as energias, nos trata abaixo de animal, se calhar até trai e ainda por cima conseguem fazer com que se lhes diga “ai eu amo-te tanto” com som de choradeira no fundo.
Parece-me que vivemos de relacionamentos mais rápidos que a própria sombra, que fazem corar o melhor restaurante fast food, vidas vividas do momento, em que o factor emocional é facilmente substituído pelo da carne. Afinal, uma chicha boa depois de comida a única coisa que resta é dizer se soube bem ou e um prato para nunca mais comer. Não há desilusões, sentimentos que nos traem a cada segundo e acima de tudo não há expectativas elevadas para alem do de saber bem.
A conclusão é simplesmente brilhante! Todos nós saímos de casa o “mais melhor bem vestidos e a cheirar bem possível” de forma a sermos devorados nem que seja apenas pelos olhos de quem nos queremos fisgar ou até dos transeuntes pois até é bom e levanta o ego. Azar é daqueles que por mais que se esmerem frente ao espelho nunca são tão apelativos quanto se deseja por ai. A bem dizer está-se a recriar o conceito que existe no mundo automóvel. Compramos um carro não porque é aquilo que precisamos tendo em conta utilidade, e o que nos pode proporcionar mas compramos porque e giro engraçado ou tem a cor mais bonita.

C’est la vie! Les jolis apprécient et d'autres sont pleurés.

Beijinhos e abraços.
Atmosférico

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem... meu amigo de longa data... como eu compreendo a tua dor. Mas parecendo até um pouco "castigador" o teu blog, a verdade é que é nestas coisas, que o mundo é uma cobertura de açucar, que esconde estas pequenas verdades, que por ti são constatadas. Em breve essa cobertura de açucar ficará mais fina, ou então engrossará contribuindo um pouco mais para a podridão. E porque é que é verdade? Senão vejamos, eu vejo gente, com quem convivo relativamente perto e procuro dar apoio, que são maltratada(o)s, e sujeitam-se aos esquemas mais maquiavélicos e ridículos, que eu jamais alguma vez haveria de suportar (parce que j'ai été pleuré). Ora se somos donos dos nossos narizes, porque razão essas pessoas continuam a sujeitarem-se a essas ditaduras? Será que o respeito por nós próprios já interessa tanto como a origem do fast food?
Em relação aos meninos e meninas cheias de bom aspecto, só te esqueceste de mencionar a malta beaucoup d'argent, que nunca acabam sozinhos...

Saudações

Miguel

8/18/2005 11:40:00 da tarde  
Blogger gimane said...

Gostei mt destas tuas conclusões! Falas de coisas k toda a gente sabe, mas que ninguem se atreve seker a comentar..
De qlq forma, continuo a axar k a opiniao dos outros pouco importa! O importante é gostarmos de nós! bjitos**

8/19/2005 02:10:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ora bem,eu pensava que não teria de voltar a ensinar boas maneiras ao senhor/menino.
Em primeiro lugar,o seu problema é ser caluniador visto que ninguem que o conheça acredite que estivesse bem aconpanhado na praia (excepto se,tivesse encostado a toalha a um grupo de jovens que já se encontravam na praia).
Em segundo lugar o problema não está no que as pessoas vestem mas no que o senhor olha,se conprimentasse as amigas olhando para a cara em vez de olhar para as glandulas mamarias a situação não teria acontecido.
Em ultimo lugar, que fixação é essa que o senhor tem com as cadeias de fast-food?
As cadeias de fast-food são um pilar na nossa economia e uma das maiores fontes de educação da nossa juventude e sinceramente não acho que deva tentar desculpar as suas frustações sexuais com as refeições que lá são servidas.

PS:Os acentos foram feitos para serem (bem) usados,quando o senhor for o Saramago,pode escrever sem acentuação á vontade..

9/19/2005 12:35:00 da tarde  

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